Mais de 13 milhões de brasileiros convivem diariamente com o diabetes. Trata-se de uma doença que limita em alguns aspectos seus portadores!
Mas há boas práticas de saúde – com exercícios e alimentação – que são importantíssimas para que essas pessoas possam ter uma vida saudável.
Mas o que é o diabetes?
De acordo com o Ministério da Saúde, Diabetes Mellitus é uma doença crônica provocada pela falta de insulina ou da incapacidade do organismo de utilizá-la adequadamente. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, controla a quantidade de glicose no nosso sangue ou, em outras palavras, os níveis de açúcar.
A glicose é obtida por meio dos alimentos que ingerimos diariamente. Eles são a nossa principal fonte de energia. O corpo precisa da insulina para conseguir metabolizar a glicose adquirida nesse processo. É por esse motivo que surge a má fama dos doces citada anteriormente, pois esses já são alimentos naturalmente ricos em açúcar, que possuem o chamado alto índice glicêmico.
Quando uma pessoa tem diabetes, ela não consegue utilizar a glicose adequadamente, provocando um déficit na metabolização desse carboidrato. Esses casos são caracterizados por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente, condição que pode provocar danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
Boas práticas para quem tem diabetes
O tratamento do diabetes pode ser feito tanto com insulina quanto com a medicação oral. Segundo o Ministério da Saúde, a insulina costuma ser usada para tratar o diabetes do tipo 1, embora sirva para alguns casos de tipo 2, como quando o pâncreas começa a não produzir mais o hormônio em quantidade suficiente.
Clique aqui para conhecer os tipos de diabetes.
Mesmo sendo uma doença com tratamento, há atitudes que podem facilitar essa relação, fazer com que as coisas sejam mais equilibradas e saudáveis. Confira:
Alimentação balanceada
A alimentação é uma aliada importante no controle e prevenção de diversas doenças, entre elas o diabetes. De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é basear a alimentação em alimentos in natura e minimamente processados, evitando o consumo de ultraprocessados, que são ricos em gorduras, sal, açúcar e aditivos químicos.
O que comer?
Pessoas com diabetes devem consumir diariamente verduras, legumes e frutas, preferencialmente crus, por possuírem maiores quantidades de fibras.
Lembrete: carboidratos têm maior efeito nos níveis de glicose do sangue, portanto é importante controlar o consumo de doces, massas e gorduras!
Exercícios físicos
A atividade física é um dos pilares mais importantes do tratamento do diabetes, segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).
O impacto do combate ao sedentarismo no tratamento da doença é enorme, seja na melhora do controle glicêmico, assim como nas comorbidades tais como excesso de peso, hipertensão arterial, dislipidemia, risco cardiovascular, sono, e, principalmente, no impacto positivo na autoestima, autoconfiança e motivação continuada para o tratamento.
Recomenda-se que os indivíduos acumulem 30 minutos de atividade física de intensidade moderada na maioria dos dias da semana. Assim, a importância de promover o exercício como um componente fundamental das estratégias de prevenção e no tratamento do diabetes tipo II deve ser enxergada como uma prioridade.
Estudos a longo prazo demonstraram um efeito benéfico consistente do exercício físico regular sobre o metabolismo dos carboidratos e sobre a sensibilidade à insulina que pode ser mantido pelo menos por cinco anos.
Todos os níveis de exercício, incluindo atividades de lazer, esportes recreacionais e esportes em nível competitivo podem ser realizados por indivíduos com diabetes tipo I sem complicações e que estejam com bom controle da glicemia.
A capacidade de ajustar o regime terapêutico (insulina e dieta) de modo a permitir uma participação segura e alto desempenho foi recentemente reconhecida, segundo o American College of Sports Medicine e a American Diabetes Association, como uma importante estratégia nesses pacientes.
Particularmente, o importante papel desempenhado pelo paciente em obter seus próprios dados de glicemia em resposta ao exercício e a utilização dessas informações para melhorar o desempenho e aumentar a segurança é hoje inteiramente aceito.