Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem a população mais ansiosa do mundo: quase 20 milhões
1) Nise, o coração da loucura
Interpretada pela atriz Glória Pires, o filme retrata a história de Nise da Silveira, médica psiquiátrica que revolucionou os tratamentos da psiquiatria no Brasil, abordando seu método inovador e artístico, assim como suas influências diretas na revitalização do Setor de Terapia Ocupacional do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro.
De forma sensível, o filme emociona a quem assiste, ao demonstrar a força por trás do tratamento humanizado, tão inerente em Nise.
2) Uma mente brilhante
Cinebiografia do gênio John Nash (Russel Crowe), um matemático americano ganhador do Nobel de Economia após formular um complexo teorema matemático, logo aos 21 anos.
Acaba indo trabalhar num projeto secreto do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O cientista, que ouvia vozes e era introvertido e isolado, foi diagnosticado com esquizofrenia, transtorno psicológico grave, cujas características são, entre outras, a apatia, a desatenção e a ausência de respostas afetivas.
3) Atypical (série)
Essa série da Netflix é uma comédia dramática com um protagonista inusitado. Sam Gardner (vivido pelo ator Keir Gilchrist) é um rapaz diagnosticado dentro do espectro do autismo. Ele enfrenta algumas dificuldades para se encaixar em um mundo moldado para as pessoas neurotípicas – as cujo desenvolvimento neurológico é considerado “normal” em relação, por exemplo, aos autistas.
4) Melancolia
A trama envolve duas irmãs que estão voltando de uma festa de casamento ao mesmo tempo que um acontecimento catastrófico se prenuncia: um corpo celeste gigantesco está prestes a se chocar com a Terra e acabar com o planeta.
Enquanto a noiva, Justine (vivida por Kirsten Dunst), espera que o fim do mundo chegue logo, Claire (vivida por Charlotte Gainsbourg) está ansiosa por viver. A cena que inicia o filme, que mostra Justine enquanto tenta se mover contra uma força invisível, mas não consegue sair do lugar, é uma das mais perfeitas metáforas visuais sobre a depressão.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), colocam o Brasil como o país com a maior quantidade de pessoas ansiosas do mundo. Cerca de 9,3% (ou 19,5 milhões) dos brasileiros sofrem algum tipo de transtorno relacionado à ansiedade.
Além disso, somos o segundo país do continente americano – atrás dos Estados Unidos, apenas – e o primeiro da América Latina no ranking da depressão. Estima-se que 5,8% da população do Brasil tenha a doença.
A campanha #JaneiroBranco existe para colocar em evidência os temas relacionados à saúde mental. Acontece no primeiro mês do ano em razão da questão cultural de que um novo ciclo de oportunidades se inicia.
Então, aproveite o momento e coloque isso como uma meta: dar mais importância à saúde mental e física.
Como preservar a saúde mental?
Mantenha uma rotina de acompanhamento médico: cuidar da saúde mental foi um tabu por muitos anos, mas isso é passado. Procure atendimento psicológico e busque fazer terapia
Cuide de sua alimentação: uma dieta desequilibrada pode prejudicar seu emociona
Pratique atividades físicas: exercícios liberam serotonina e endorfina, hormônios responsáveis pelo bem-estar
Durma bem: um bom sono é fundamental para o descanso não só do corpo, mas da mente
Viva em um ambiente estável: não é algo que seja fácil, mas ficar longe de situações estressantes é um ponto importantíssimo. Sua casa precisa ser um refúgio, um lugar com tranquilidade e paz
Ansiedade e depressão
Essas são as principais doenças ligadas à saúde mental. De acordo com o Ministério da Saúde, a ansiedade é representada pela aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza ou por qualquer outro motivo.
Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do cotidiano. Eles aparecem como preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar); sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer; preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho; medo extremo de algum objeto ou situação em particular; medo exagerado de ser humilhado publicamente; falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade; pavor depois de uma situação muito difícil.
Já a depressão é uma doença psiquiátrica que afeta o emocional da pessoa, que passa a apresentar tristeza profunda, falta de apetite e de ânimo, pessimismo e baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem se combinar. A literatura médica e científica mundial aponta que a depressão também incita alterações fisiológicas no corpo, sendo porta de entrada para outras doenças.
Os sintomas dessa doença podem ser o humor depressivo (sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa). Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo-se a um “sentimento de falta de sentimento”. Julgam-se um peso para os familiares e amigos, invocam a morte como forma de alívio para si e familiares. Os pensamentos suicidas variam desde o desejo de estarem mortos até planos detalhados para se matar. Esses pensamentos devem ser sistematicamente investigados.
Falta de energia, insônia ou sonolência, mudança no apetite, redução do interesse sexual, dores e sintomas físicos difusos como mal-estar, dor no peito, taquicardia e sudorese também são sintomas da depressão.
Diagnóstico e tratamento
Diagnósticos de doenças ligadas à saúde mental são clínicos e podem ser tratados com medicação – além da mudança de hábitos. Por isso, faça sempre consultas e exames de rotina e relate suas queixas a seus médicos de confiança.
Casos de urgência: o Ministério da Saúde orienta que o paciente entre em contato por meio dos seguintes canais:
Conteúdo baseado em informações do Ministério da Saúde