Ela tem mais de 4 mil anos e afeta quase 30 mil brasileiros anualmente, segundo o Ministério da Saúde
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Faraós, guerras históricas – como a de Troia – e a possível fundação do Reino de Israel e da cidade de Jerusalém. Tudo isso aconteceu há milhares de anos. Mas o que essa história [literalmente] tem a ver com hanseníase? Tudo.
Conhecida até pouco tempo atrás como lepra, há registros de casos dessa doença há pelo menos 4 mil anos. Seja na China, na Índia ou no Egito, ela está rodando o mundo faz um bom período.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, e é caracterizada pela aparição de manchas na pele. Há dois tipos: paucibacilar (com poucos bacilos) e multibacilar (muitos bacilos).
Se é tão antiga, por que há, então, tanto preconceito? Já não deu tempo de as informações sobre a hanseníase chegarem sem filtros às pessoas?
Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a transmissão da hanseníase se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente que não se encontra em tratamento, seja por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Cerca de 90% da população têm defesa contra a doença.
Sintomas
Tratamento
Tanto a paucibacilar quanto a multibacilar são tratadas com o antibiótico rifampicina. São 6 meses de tratamento para o tipo paucibacilar e 1 ano para o tipo multibacilar. O paciente precisa tomar a medicação na presença de profissionais de saúde, de acordo com normas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Prevenção e diagnóstico
Segundo a SBD, para prevenir a doença, as pessoas precisam ter hábitos saudáveis, alimentação adequada, evitar o álcool e praticar atividade física associada a condições de higiene.
O diagnóstico é feito pelo médico e envolve a avaliação clínica dermatoneurológica do paciente, por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc.
A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, assim como o exame clínico e a indicação de vacina BCG para melhorar a resposta imunológica dos contatos do paciente. Desta forma, a cadeia de transmissão da doença pode ser interrompida.
Médico da SBD fala sobre a doença
Conteúdo baseado em da SBD e do site do Drauzio Varella