O combate e tratamento da AIDS no Brasil tem avançado ano a ano.
Das 800 mil pessoas em tratamento contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla em inglês) no Brasil, atualmente, 95% apresentam supressão viral. Isso significa que estão indetectáveis e não transmitem mais o vírus causador da aids durante relações sexuais.
O dado do Ministério da Saúde evidencia o resultado dos avanços obtidos pela ciência no decorrer de quatro décadas: a infecção deixou de ser uma sentença de morte para quem adere às terapias.
Entre 2012 e 2022, o Brasil registrou uma queda de 25,5% na mortalidade por AIDS.
Aumento dos casos em mulheres 50+
Apesar da queda geral na última década, a Sociedade Brasileira de imunologia alerta para o aumento de casos entre mulheres com 50 anos de idade ou mais.
A porcentagem subiu de 11,4% dos diagnósticos, em 2012, para 20,3% em 2022. Naquele ano, o último que tem os dados consolidados em relatório pelo Ministério da Saúde, verificou-se uma porcentagem de 40,7% de casos novos entre pessoas com idade entre 20 e 29 anos.
De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/Aids divulgado em dezembro de 2023, pelo Ministério da Saúde, 489.594 infecções foram notificadas entre 2007 e 2023. A maioria dos casos, 345.069 (70,5%), em homens, ante 144.364 (29,5%) em mulheres.
De 1980 a junho de 2023, foram registrados 1.124.063 casos de aids no Brasil. O boletim destaca que, em média, houve 35,9 mil novos casos de aids nos últimos cinco anos.
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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), ataca o sistema responsável por defender o organismo de doenças. O vírus que se espalha por meio de fluídos corporais e afeta células imunológicas, conhecidas como CD4, ou células T.
Sem o tratamento antirretroviral, o HIV afeta e destrói essas células específicas do sistema imunológico e torna o organismo incapaz de lutar contra infecções e doenças. Quando isso acontece, a infecção por HIV leva à AIDS.
AIDS e HIV são a mesma coisa, afinal?
Não! Ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Como a pessoa pode contrair o vírus?
Mitos: essas coisas NÃO transmitem o vírus:
História da doença (via Dep. de Doenças e Condições Crônicas e IST’s)
Há sintomas?
Não se pode confiar nos sintomas para saber se tem HIV. Muitas pessoas que estão infectadas não têm nenhum sintoma durante 10 anos ou mais. Algumas pessoas que estão infectadas relatam ter sintomas semelhantes aos da gripe de 2 a 4 semanas após a exposição. Os sintomas podem ser:
Diagnóstico
O diagnóstico se dá por meio do teste.
Tratamento e prevenção
O tratamento para o HIV é frequentemente denominado terapia antirretroviral ou ART e pode prolongar expressivamente as vidas de muitas pessoas infectadas pelo HIV e diminuir as chances de transmissão. Antes da introdução da ART na metade dos anos 90, pessoas com HIV progrediam para a AIDS em apenas alguns anos. Hoje em dia, alguém diagnosticado com HIV e tratado antes do avanço da doença pode ter uma expectativa de vida quase igual a de uma pessoa não infectada.
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Conteúdo baseado em informações do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e do Ministério da Saúde