Após uma tempestade severa que atingiu São Paulo, milhares de pessoas enfrentaram um apagão que ainda produz efeitos mais de cinco dias depois do início. A queda de árvores e postes danificou a rede elétrica, deixando diversos bairros sem energia.
Essa interrupção prolongada causou transtornos que vão além da falta de luz: o impacto na saúde mental e na produtividade foi profundo e generalizado, já que muitas pessoas perderam alimentos e tiveram a rotina severamente afetada.
Viver sem eletricidade por um período tão longo pode provocar uma série de efeitos negativos na saúde mental. Em grandes cidades, a dependência da energia elétrica para manter o cotidiano, tanto no trabalho quanto no lazer, é enorme.
A ausência de internet e a incerteza sobre quando a situação se normalizará geram sentimentos de ansiedade e estresse.
Especialistas em saúde mental apontam que essa sensação de isolamento e a interrupção da rotina, associadas ao medo de novos apagões ou tempestades, podem agravar quadros psicológicos existentes e até mesmo desencadear crises de ansiedade e depressão em algumas pessoas.
A falta de energia também teve um impacto direto na produtividade. Em uma cidade onde muitos profissionais trabalham de forma remota, a ausência de internet e eletricidade dificultou ou impediu a realização de tarefas diárias.
Pequenos comércios e estabelecimentos que dependem de sistemas eletrônicos de pagamento, refrigeração e iluminação também foram prejudicados, resultando em perdas financeiras.
O apagão já causou quase R$ 2 bilhões de prejuízo ao varejo, apontou levantamento da Fecomércio-SP.
Empresas foram obrigadas a reprogramar prazos, e muitos profissionais precisaram buscar alternativas para conseguir trabalhar, como utilizar locais com geradores de energia ou coworkings.
Outro aspecto importante foi o impacto na qualidade do sono. Sem eletricidade, muitas residências ficaram sem ventilação ou refrigeração, o que, somado ao calor e à escuridão total, prejudicou o descanso de muitas pessoas.