A Hora do Planeta nasceu em 2007 em Sydney, na Austrália. Com um simples gesto: o apagar das luzes por uma hora simultaneamente. O apagar das luzes tem como objetivo conscientizar indivíduos, empresas e poder público a respeito dos desafios socioambientais da atualidade, incluindo a emergência climática e a perda da biodiversidade, ressaltando o poder que todos nós temos de mudar essa trajetória e renovar nossa relação com a natureza.
Aqui no Brasil a Hora do Planeta acontece desde 2009, sempre sob a coordenação do WWF-Brasil que todo ano convida famílias, escolas, empresas e governos a desligar as luzes de suas casas, prédios e monumentos por 60 minutos como um marco simbólico desse eco-despertar.
As mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças à saúde humana no século XXI. O aumento das temperaturas globais, eventos climáticos extremos e a degradação do meio ambiente têm consequências diretas e indiretas na saúde das populações em todo o mundo. Veja as principais maneiras pelas quais as mudanças climáticas afetam a saúde humana e o que pode ser feito para mitigar esses impactos.
Impacto das Mudanças Climáticas na Saúde
- Aumento de Doenças Transmitidas por Vetores: Com o aumento das temperaturas, os habitats de insetos como mosquitos e carrapatos se expandem, aumentando a transmissão de doenças como malária, dengue, zika e febre do Nilo Ocidental.
- Agravamento de Doenças Respiratórias: As mudanças climáticas estão associadas a um aumento da poluição do ar, especialmente em áreas urbanas. Isso pode agravar condições como asma, bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
- Aumento da Incidência de Doenças Cardíacas: O aumento das temperaturas está relacionado a um aumento na ocorrência de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames, devido ao estresse adicional no sistema cardiovascular.
- Insegurança Alimentar e Desnutrição: As mudanças climáticas afetam a produção agrícola, levando a colheitas fracas, escassez de alimentos e aumento dos preços. Isso pode levar à desnutrição e à insegurança alimentar, especialmente em comunidades vulneráveis.
- Aumento de Lesões e Mortes Relacionadas a Desastres Naturais: Eventos climáticos extremos, como furacões, inundações e incêndios florestais, estão se tornando mais frequentes e intensos, resultando em um aumento de lesões e mortes relacionadas.
- Impacto na Saúde Mental: As mudanças climáticas também têm um impacto significativo na saúde mental das pessoas, causando ansiedade, depressão e estresse relacionado à perda de habitat, migração forçada e desastres naturais.
Medidas de Mitigação e Adaptação
- Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa: É crucial reduzir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global e diminuir os impactos das mudanças climáticas na saúde.
- Investimento em Energias Renováveis: Transição para fontes de energia limpa e renovável, como solar e eólica, para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir a poluição do ar.
- Adaptação em Saúde Pública: Desenvolvimento de estratégias de saúde pública para lidar com os impactos das mudanças climáticas, incluindo sistemas de vigilância de doenças, programas de controle de vetores e planos de emergência para desastres naturais.
- Promoção da Agricultura Sustentável: Apoio à agricultura sustentável e práticas de manejo de terras que reduzam as emissões de gases de efeito estufa, protejam a biodiversidade e garantam a segurança alimentar.
- Fortalecimento da Resiliência Comunitária: Investimento em infraestrutura resiliente e capacitação de comunidades para lidar com os impactos das mudanças climáticas e desastres naturais, garantindo que as populações mais vulneráveis estejam protegidas.
As mudanças climáticas representam uma ameaça significativa para a saúde global, com uma ampla gama de impactos diretos e indiretos. É imperativo que governos, organizações internacionais, setor privado e sociedade civil trabalhem juntos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promover a adaptação em saúde pública e construir comunidades mais resilientes. Somente através de esforços coordenados e medidas concretas podemos proteger a saúde das gerações presentes e futuras diante dos desafios das mudanças climáticas.