O câncer de pele é um dos tipos mais comuns de tumor no Brasil, com mais de 185 mil novos casos registrados anualmente, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Apesar de sua alta incidência, a detecção precoce é a chave para tratamentos bem-sucedidos e cura. Por isso, é essencial aprender a reconhecer os sinais de alerta dessa doença.
O câncer de pele pode ser classificado como não melanoma ou melanoma.
Fique atento aos seguintes sinais:
Se notar algo assim, procure um dermatologista. Apenas um médico pode avaliar adequadamente se uma lesão é preocupante ou não.
Embora fatores genéticos também influenciem, a exposição ao sol é o principal responsável pelo câncer de pele. Aqui está como você pode se proteger:
Teve início a campanha Dezembro Laranja, que faz referência ao mês dedicado à conscientização e combate ao câncer de pele. A iniciativa é promovida desde 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e este ano tem um alerta especial: houve queda no atendimento de casos da doença na rede pública em razão da pandemia.
Por receio de se expor na rua e contrair a Covid-19, muitas pessoas deixaram de procurar as unidades de saúde para saber se estão com câncer de pele. A doença é a mais incidente do tipo no Brasil – são cerca de 180 mil novos casos anuais – e é responsável por 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
O número de exames realizados para diagnosticar esse tipo de câncer caiu 48%. No total, 109 mil biópsias de pele e punção de tumor foram feitas de janeiro até setembro de 2020, contra 210 mil no mesmo período do ano passado. O estado de São Paulo realizou o maior número de exames em 2019: foram 80 mil. No entanto, não passou dos 35 mil neste ano.
“Por ora, não há contraindicação para procurar os serviços de saúde. Pelo contrário, estão todos se adequando às novas normas para que leve o máximo de segurança ao paciente”, enfatizou Jade Cury, presidente da SBD.
A falta de procura por atendimentos deve gerar outro problema no ano que vem, já que as pessoas que deixaram de fazer o diagnóstico neste momento poderão encontrar um sistema sobrecarregado.
Diagnósticos precoces do câncer de pele podem impedir a disseminação da doença em outras partes do corpo e até evitar a morte. Quando descoberto no início, a chance de cura é maior que 90%, de acordo com a Sociedade.
A médica dermatologista Fernanda Seabra explicou que devem ser avaliadas pintas que aumentam muito de tamanho, que têm forma assimétrica, com bordas irregulares, de múltiplas cores e com diâmetro maior do que cinco milímetros.
Durante a pandemia, a paciente Débora Kogle notou uma mancha avermelhada no supercílio e procurou atendimento. Era, de fato, câncer de pele. Contudo, como o diagnóstico foi precoce, o tumor já foi retirado na última sexta-feira (27). “Não espere. O tempo realmente é determinante para cura dessa doença”, alertou ela.
Presidente da SBD responde perguntas sobre o câncer de pele
Há sintomas?
Somente um exame clínico pode diagnosticar a doença, mas os sintomas podem ser:
Tratamento e prevenção
Todos os casos de câncer da pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes. Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples.
via SBT, SBD, Instituto Nacional do Câncer e site do Drauzio Varella