A 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo tem início nesta quinta-feira (19) e se estende até 1º de novembro, com uma programação composta por 360 obras cinematográficas, originadas de mais de 90 países.
Os filmes serão exibidos em 24 salas de cinema, espaços culturais e CEUs – Centros Educacionais Unificados da capital paulista. Além disso, alguns títulos estarão disponíveis em plataformas de streaming e outros terão sessões especiais ao ar livre.
O festival fará uma homenagem ao dramaturgo Zé Celso Martinez Corrêa, que morreu em julho deste ano, exibindo o longa-metragem “25” (1977), que ele codirigiu com Celso Luccas.
A obra, que aborda a atuação da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e o processo de independência do país africano, marcou presença na 1ª edição da Mostra. Na ocasião, os diretores estavam exilados pela ditadura militar e não puderam comparecer à exibição do documentário.
“Blow-Up — Depois Daquele Beijo” (1966), de Michelangelo Antonioni — Foto: Divulgação
A vinheta deste ano faz referência ao trabalho do cineasta italiano Michelangelo Antonioni (1912-2007). Ele será homenageado com uma retrospectiva de 23 curtas e longas que escreveu e/ou dirigiu, nas últimas seis décadas de sua vida, dentre eles “Blow-Up — Depois Daquele Beijo” (1966).
Antonioni também será lembrado em uma exposição gratuita no Instituto Italiano de Cultura de São Paulo, na região central da capital. Entre 23 de outubro e 17 de novembro, pinturas feitas por ele poderão ser visitadas e apreciadas de perto pelo público.
“Underground: Mentiras de Guerra” (1995), de Emir Kusturica — Foto: Divulgação
O prêmio Leon Cakoff, que leva o nome do idealizador da Mostra de São Paulo, será entregue a duas personalidades nesta edição, os cineastas Júlio Bressane e Emir Kusturica. Segundo a organização, eles foram escolhidos pela insubimissão frente ao cinema de fórmulas e pela capacidade de reinventar utopias com produções audiovisuais, respectivamente.
“Anatomia de uma queda” (2023), de Justine Triet — Foto: Divulgação
Alguns dos destaques desta edição são “O Mal Não Existe” (2023), de Ryusuke Hamaguchi, vencedor do grande prêmio do júri do Festival de Veneza; “Anatomia de uma Queda” (2023), de Justine Triet, vencedor da Palma de Ouro, do Festival de Cannes; “Afire” (2023), de Christian Petzold, vencedor do Urso de Prata, do Festival de Berlim; e “The Persian Version” (2023), de Maryam Keshavarz, vencedor do prêmio do público no Festival de Sundance.
A programação também conta com 60 longas nacionais, dentre eles “A Batalha da Rua Maria Antônia” (2023), de Vera Egito; “Crowrã – A Flor do Buriti” (2023), de João Salaviza e Renée Nader Messora; “Bizarros Peixes das Fossas Abissais” (2023), de Marão; “Eu Sou Maria” (2023), de Clara Linhart; “Mussum, o Filmis” (2023), de Silvio Guidane; e “Meu Sangue Ferve por Você” (2023), de Paulo Machline.
“Tiger Stripes” (2023, Malásia), de Amanda Nell Eu — Foto: Divulgação
O público terá ainda a oportunidade de assistir a 15 obras estrangeiras indicadas por seus respectivos países para concorrer a uma vaga na categoria de melhor filme internacional do Oscar, como “Ervas Secas” (2023, Turquia), de Nuri Bilge Ceylan; “Tiger Stripes” (2023, Malásia), de Amanda Nell Eu; “Los Colonos” (2023, Chile), de Felipe Gálvez Haberle; e “Cidadão Santo” (2023, Geórgia), de Tinatin Kajrishvili.
O cronograma de exibições está disponível no site oficial da Mostra. Neste link, é possível conferir todos os filmes que serão exibidos no festival.
“Crowrã – A Flor do Buriti” (2023), de João Salaviza e Renée Nader Messora — Foto: Divulgação
Ao final da Mostra, um filme brasileiro será escolhido para fechar um contrato com uma plataforma de streaming, podendo ser exibido em mais de 190 países.
Ingressos avulsos — disponíveis para compra no app da Mostra quatro dias antes de cada sessão ou na bilheteria local, no dia da exibição.
Pacotes de ingressos — disponíveis para compra no app da Mostra.
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