A doação de órgãos ou de tecidos é o ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas.
Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, na grande maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado.
Por isso, a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Essa é a modalidade de consentimento que mais se adapta à realidade brasileira.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado.
Tipos de doações
A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida.
O Brasil ocupa a segunda posição entre os países que mais realizam transplantes – atrás apenas dos Estados Unidos – ainda assim, temos mais de 34 mil brasileiros que aguardam por um transplante.
Assista à animação do Ministério da Saúde sobre doação de órgãos
Doador Vivo
É a pessoa maior de idade e capaz, juridicamente, que pode doar órgãos a seus familiares. No caso de doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia. Um doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões.
Para doar órgão em vida, o médico deverá avaliar a história clínica do candidato e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos mas, há também, testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.
Doadores não vivos
São pacientes assistidos em UTI com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sangüínea ao cérebro, incompatível com a vida, irreversível e definitiva. Um doador não vivo pode doar:
– órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino;
– tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.
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Segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que um país possua um estoque seguro de sangue é necessário que tenha de 3% à 5% de sua população como doadora, e hoje o Brasil não tem nem 2%.
Com a pandemia de Covid-19 a população está com medo de se infectar e acaba não indo aos hemocentros doar sangue, o que deixa os estoques de sangue baixos.
Para evitar o contágio os hemocentros estão dando preferência para o agendamento individual. Basta você entrar no site do hemocentro da sua cidade e agendar onde for melhor para você. Confira aqui os hemocentros
É preciso saber que, para doar, a pessoa precisa pesar no mínimo 50 kg, ter entre 16 e 69 anos, estar bem alimentada e hidratada, se você tem alguma dúvida sobre como doar sangue, confira nossas dicas:
O que não falta é gente precisado dessas contribuições, além dos casos em que o sangue é utilizado integralmente, o material coletado também pode ser separado e receber diferentes aplicações: as plaquetas são usadas em tratamentos contra o câncer e o plasma auxilia na recuperação de pacientes que sofreram queimaduras, por exemplo.
Informações do Ministério da Saúde