Há cerca de 35 mil casos da doença no Brasil
Por que algumas doenças são mais comuns em partes da Europa do que em outras regiões? E por que os europeus do norte são mais altos do que os seus homólogos do sul?
Uma equipe internacional de cientistas afirma ter descoberto a resposta para essas perguntas no DNA extraído de dentes e ossos antigos.
Os genes — que no passado protegeram esses indivíduos de doenças transmitidas por alguns animais — agora aumentam o risco de esclerose múltipla.
Os pesquisadores classificaram a descoberta como “um salto quântico” na compreensão sobre essa doença, marcada por falhas de comunicação entre o cérebro e o corpo.
Os especialistas dizem que a descoberta pode mudar o que se sabe sobre as causas da esclerose múltipla — e eventualmente levar até a novos tratamentos.
Existem cerca de duas vezes mais casos de esclerose múltipla por 100 mil habitantes no noroeste da Europa, incluindo o Reino Unido e a Escandinávia, em comparação com o sul do continente.
No Brasil, o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla estimam cerca de 40 mil casos da doença — 85% são mulheres jovens e brancas, entre 18 e 30 anos.
Pesquisadores da universidades de Copenhague, na Dinamarca, e de Oxford e Cambridge, no Reino Unido, dedicaram uma década de investigações arqueológicas para entender a origem dessa condição neurológica.
A esclerose múltipla é uma doença em que as próprias células imunológicas do corpo atacam o cérebro e a medula espinhal, causando sintomas como rigidez muscular e problemas para andar ou falar.
Os cientistas descobriram que os genes que aumentam o risco da doença apareceram no noroeste da Europa há cerca de 5 mil anos após uma migração maciça de pastores de gado conhecidos como Yamnaya.
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O que é a Esclerose Múltipla?
Esclerose múltipla é provavelmente uma doença autoimune que ataca o sistema nervoso da pessoa. Os mecanismos de defesa atuam contra células saudáveis, o que causa lesões em determinadas áreas do cérebro.
Como as causas da doença não são conhecidas, há uma grande dificuldade em relação aos métodos preventivos. Por isso, é muito recomendada a avaliação médica quando observados os seguintes sintomas da esclerose, que podem ser transitórios e sutis no início:
Há alguns tipos de tratamento que têm como objetivo reduzir a fase mais forte da doença e tentar aumentar o intervalo entre os surtos. “No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais”, explicam especialistas.
Recomendações
Recomenda-se às pessoas que têm esclerose múltipla que 1) pratiquem esportes, por conta to fortalecimento ósseo, melhora do humor e redução de fadiga, 2) passar por fisioterapia e 3) permanecer em repouso absoluto quando passar por crises.
– Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos, pois eles ajudam a fortalecer os ossos, a melhorar o humor, a controlar o peso e contra sintomas como a fadiga;
– Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados;
– O tratamento fisioterápico associado a determinados remédios ajuda também a reeducar o controle dos esfíncteres (músculos que controlam a eliminação de fezes e urina);
– Nas crises agudas da doença, é aconselhável que o paciente permaneça em repouso.