O que é a vitamina D?
É um pró-hormônio que associado ao paratormônio atua como importante regulador do metabolismo ósseo.
Como conseguir a vitamina D?
A principal fonte de produção da vitamina D se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese dessa substância.
Alguns alimentos, especialmente peixes gordos (salmão, atum, cavala, arenque, sardinha) são fontes dessa vitamina, porém representam apenas 10%, os outros 90% são obtidos através da síntese cutânea após a exposição solar.
Essa exposição, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, por 5 a 10 minutos todos os dias, a fim de sintetizar a vitamina D.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a vitamina D tem como papel fundamental a manutenção da massa óssea, porém, alguns estudos têm sugerido que ela pode influenciar também o sistema imunológico.
Sua deficiência (hipovitaminose D) pode estar relacionada com o desenvolvimento de doenças autoimunes, como diabetes mellitus insulinodependente, esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal, lúpus, encefalite autoimune e artrite reumatoide. Diante dessas associações, sugere-se que a vitamina D seja um fator extrínseco, que pode ser capaz de afetar a prevalência dessas doenças.
Riscos da falta de vitamina D
De acordo com a SBEM (2014) e a SBP (2016), a hipovitaminose D é um problema mundial e o Brasil apresenta uma taxa elevada em diversas faixas etárias. É importante enfatizar que é considerada população de risco para hipovitaminose D, pacientes com raquitismo ou osteomalácia, portadores de osteoporose, síndromes de má-absorção (fibrose cística, doença inflamatória intestinal, doença de Chron, cirurgia bariátrica), insuficiência renal e hepática, medicações que interfiram no metabolismo de vitamina D (anticonvulsivantes, colestiramina, glicocorticoides, antifúngicos, antirretrovirais, orlistat), doenças granulomatosas, linfomas, idosos com história de fraturas, gestantes e lactentes, e obesos. Desta forma, a recomendação da SBEM é que nesta população seja realizado o colecalciferol, que é o exame adequado para identificar a deficiência de vitamina D”, alerta Alessandra Araújo.
As nutricionistas enfatizam que a vitamina D deve ser consumida dentro das quantidades recomendadas por faixa etária e a suplementação feita de acordo com a necessidade. Desta forma, assim como o exame não é indicado para a população em geral, a suplementação generalizada de vitamina D também não é. Lembrando que em algumas faixas etárias essa suplementação pode acontecer como preventiva, através de reposição oral, e deve ser acompanhada por um médico ou um profissional nutricionista, com indicação criteriosa, baseada em necessidades individuais, considerando grupos de risco ou carência previamente detectada. Os benefícios desse tipo de tratamento são mais evidentes para a população de risco.
Não deixar passar
– Pegar sol no mínimo três vezes por semana, em média durante 15 a 20 minutos, sempre antes das 10 horas da manhã. O ideal, é usar camiseta e bermuda e expor braços, pernas, pescoço e rosto sem filtro solar nesse curto período, pois fatores de proteção acima de 8 já impedem a produção do nutriente pela pele. Indivíduos muitos brancos devem tomar sol mais cedo e por cerca de 5 minutos e os de pele escura podem ficar ao sol por um tempo pouco maior.
– Sem vitamina D suficiente, o corpo não pode absorver cálcio de maneira adequada. A deficiência da vitamina D é muito comum em crianças e mães.
– Para prevenir a falta de vitamina D, algum médicos recomendam que mulheres grávidas e adultos em geral, devem consumir pelo menos mil unidades de vitamina D por dia, além de tomar sol.
Conteúdo baseado em informações de: Fiocruz